outubro 03, 2009

Que dor de te saber tão morto

"se um mero círculo, subdividido em nove câmaras, dá lugar a tantas combinações, o que não podemos esperar de três discos, giratórios, concêntricos e manuais? As circunstâncias e propósitos dessa máquina não nos interessam agora; e sim o princípio que a moveu: a aplicação do azar na resolução de um problema. No exórdio deste artigo, eu disse que a máquina de pensar não funciona. Caluniei-a. Funciona esmagadoramente. Imaginemos um problema qualquer: elucidar a 'verdadeira' cor dos tigres. Dou a cada uma das letras lulianas o valor de uma cor, faço rodar os discos e decifro que o inconstante tigre é azul, amarelo, negro, branco, verde, roxo, alaranjado e cinza ou amarelamente azul, negramente azul, brancamente azul, verdemente azul, roxamente azul, azulmente azul etc..."

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